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Por Trás dos Olhos do Mal: Uma Análise da Sequência Inicial de Halloween (1978)

  • Foto do escritor: Pedro Alves
    Pedro Alves
  • 16 de mar.
  • 11 min de leitura

Atualizado: 17 de mar.


Menino jovem vestido de palhaço segurando uma faca ensanguentada, cena do filme Halloween (1978).

Existe algo fascinante em como um fragmento fílmico – alguns poucos minutos dentro de uma obra maior – pode marcar nossa vida de maneira tão permanente. Quais pequenos retalhos cinematográficos permanecem vívidos em nossa memória, mesmo anos depois da experiência completa já ter sido esquecida? O que faz com que determinadas sequências transcendam seus filmes e tomem vida própria em nosso imaginário?

É pensando nessas questões que começo hoje essa série de textos onde pretendo examinar sequências específicas que, por diversos motivos, produziram em mim marcas inesquecíveis. Não estou falando de filmes inteiros, mas daqueles momentos inacreditáveis dentro deles — momentos que condensam emoção, técnica e significado de maneira tão potente que podem ser apreciados ~quase~ como obras independentes.

E para começar esse projeto, escolhi a sequência de abertura de Halloween (1978) de John Carpenter, aproximadamente quatro minutos que não apenas definiram a identidade do filme, mas estabeleceram códigos visuais e narrativos para todo um subgênero.





Do Vietnã a Haddonfield: Quando o Horror Invadiu os Subúrbios


Para compreender o impacto da sequência inicial de Halloween, é crucial situá-la no contexto cultural da América dos anos 70. Como observa Skal (2018), historiador cultural especializado em horror, "na metade dos anos 70, o feriado [Halloween] já havia se tornado um depósito para o medo pós-Vietnã, pós-Watergate e cinismo". Este contexto explica parcialmente por que a sequência inicial do filme de Carpenter, com sua inversão da inocência infantil, ressoou tão profundamente com o público da época – ela formalizou cinematograficamente uma ansiedade cultural que já estava em circulação.

Skal aponta que uma das inovações mais duradouras da sequência de abertura foi "filmar a cena inicial (...) do ponto de vista do assassino, forçando o público a uma cumplicidade implícita". Esta técnica não era completamente nova (Hitchcock a havia utilizado de maneiras diferentes em Psicose (1960)), mas a forma como Carpenter a implementou – sustentando o plano por quase quatro minutos contínuos – criou um nível de tensão e participação do espectador sem precedentes.

Como resultado, a sequência não apenas estabeleceu um modelo visual para inúmeros filmes slasher que viriam, mas também articulou uma nova relação entre o espectador e a violência na tela. Skal observa que o filme contribuiu para criar "uma América onde os pais não deixam seus filhos caminharem para a escola em plena luz do dia em qualquer época do ano". Esta observação é particularmente perspicaz porque identifica como a sequência de abertura de Halloween – com sua invasão de um espaço suburbano aparentemente seguro e transformação de uma criança em monstro – ajudou a cristalizar um novo tipo de medo social: a ideia de que o perigo não está apenas nos espaços marginais da sociedade, mas potencialmente em qualquer lugar, até mesmo na casa ao lado.


Mascarando a Inocência: O Paradigma Myers


Uma análise da sequência inicial de Halloween não estaria completa sem considerá-la no contexto mais amplo da representação de crianças vilãs no cinema de horror. Como Lennard (2014) argumenta em seu estudo sobre vilões infantis, a sequência de abertura de Halloween representa um momento paradigmático na evolução da criança vilã no cinema. A criança Michael Myers é um caso especial mesmo dentro desta categoria, pois sua vilania é apresentada sem diálogo algum; é uma vilania expressa primordialmente através do olhar.

Na análise que Lennard dedica ao "olhar da criança", ele argumenta que, na cultura visual e no cinema em particular, tradicionalmente atribuímos significado às crianças através do nosso olhar adulto. Isso significa que normalmente somos nós, adultos, que olhamos para as crianças e, ao fazê-lo, estamos em posição de controle — definimos quem elas são, como são representadas, e quais significados carregam. Ele escreve: "Olhar é o meio pelo qual reconhecemos sujeitos de acordo com códigos visuais e culturais e aliviamos as distâncias entre o Eu e o Outro" (p. 59). O que torna a sequência de abertura de Halloween tão perturbadora é precisamente a forma como ela inverte esta dinâmica: não somos nós que olhamos para a criança ameaçadora, mas, sim, somos forçados a olhar através dela.

Esta inversão representa o que Lennard identifica como uma subversão do ser-observado (to-be-looked-at-ness, no original) infantil – uma referência ao conceito de Laura Mulvey sobre como o cinema posiciona seus sujeitos. Normalmente, a criança é construída como um objeto do olhar adulto, visualmente subordinada de acordo com a hierarquia adulto-criança, através da qual sua vulnerabilidade é romantizada. Na sequência inicial de Halloween, no entanto, a criança Michael Myers rejeita esta posição passiva e assume controle do olhar.

Lennard também destaca como a revelação final da sequência – que o assassino é uma criança – pertence a uma categoria que ele chama de "inversão da inocência". Esta revelação é particularmente poderosa porque, como ele argumenta, "a expectativa de que a criança será inocente e vulnerável significa que representações contrárias se manifestam como visões paranoicas de tirania e maldade" (p. 11). A sequência de abertura de Halloween não apenas viola nossas expectativas sobre o comportamento infantil, mas também sobre nossa própria posição como espectadores adultos que normalmente possuem o controle sobre a representação da criança.

É importante notar, como Lennard argumenta, que "a história do vilão infantil cinematográfico pode ser rastreada até os anos 1950" (p. 13), especificamente com filmes como Tara Maldita (Mervyn LeRoy, 1956). Contudo, a sequência inicial de Halloween representa uma intensificação desta tradição, um momento em que o cinema não apenas questionou a inocência infantil, mas transformou a criança em um veículo para explicitamente desestabilizar as certezas do espectador adulto.


O Vazio que Aterroriza: A Irracionalidade Como Fonte de Horror


Uma das razões pelas quais a sequência inicial de Halloween continua a ressoar tão profundamente para mim é sua representação do mal como uma força inexplicável. Como Bunch (2018) observa em sua análise para o Washington Post, "o verdadeiro horror de Michael Myers" está na "falta de expressão de seus olhos, a impossibilidade de raciocinar com o assassino escondido dentro do corpo do menino". Esta representação estabelece, logo nos primeiros minutos do filme, o que seria o elemento mais perturbador e duradouro da mitologia de Halloween.

Bunch destaca que a genialidade da sequência de abertura está em como ela nos coloca "no ponto de vista de Myers" de uma forma que parece intrusiva e perigosa. O efeito é amplificado quando descobrimos que estamos vendo através dos olhos de uma criança de seis anos. Como ele observa, "não acreditaríamos que [Michael] é capaz do assassinato que o coloca em uma instituição por 15 anos" se não tivéssemos "visto por nós mesmos, através de seus olhos".

O que torna esta análise particularmente relevante é como Bunch conecta a força da sequência inicial com os problemas enfrentados pelas sequências posteriores. Ele critica especificamente o remake de Rob Zombie por ser "o mais culpado de violar a impenetrabilidade de Michael" ao tentar explicar suas ações através de "abusos que ele sofreu nas mãos de valentões e padrastos". Esta abordagem, segundo Bunch, deriva de um desejo contemporâneo de explicar o mal através de teorias de resposta a traumas anteriores, mas elimina precisamente o que torna a sequência original tão aterrorizante: a ausência de motivo compreensível.

Bunch elogia o Halloween de 2018 por retornar à concepção original do mal como algo fundamentalmente inexplicável. Ele observa que o novo filme explora "o absurdo de tentar entender o homem por trás da máscara" e reafirma a visão do Dr. Loomis de que Michael não é apenas um doente mental, mas uma encarnação do mal. Este retorno à visão original reafirma o poder da sequência inicial de 1978 como o momento definidor da franquia, estabelecendo um padrão contra o qual todas as sequências, remakes e reboots são inevitavelmente julgados.

Pennington (2018) propõe uma análise neoformalista interessante da sequência inicial, que reconhece que personagens de filmes têm motivações narrativas que diferem do comportamento humano real, mas que ainda assim refletem modelos sociais e culturais de comportamento. Ele observa que "o campo da psiquiatria diagnosticaria o comportamento de Michael como resultado de psicopatologia" (p. 2), mas o filme não se preocupa em desenvolver esta explicação. Esta abordagem, de acordo com Pennington, permite que Halloween explore uma dicotomia cultural profundamente americana entre o bem e o mal, onde a representação do "mal" é associada não apenas a atos violentos, mas à impossibilidade de comunicação e compreensão. A sequência inicial, ao evitar diálogos e mostrar Michael como uma figura silenciosa e impenetrável (mesmo antes da revelação), estabelece o que Pennington chama de "gramática do mal" que será fundamental para o resto do filme. Além disso, Pennington sugere que a sequência de abertura estabelece Michael como uma figura quase mítica precisamente porque viola as expectativas socioculturais sobre crianças. Como ele observa, "a facada é necessária para estabelecer a psicopatologia violenta da criança, mas não é suficiente" (p. 2). É a combinação da violência com o olhar voyeurístico, o uso da máscara, e a aparente ausência de emoção que transforma Michael em algo mais perturbador do que simplesmente uma criança violenta - ele se torna a encarnação de um mal que desafia categorização.


O DNA do Slasher: Como Halloween Redefiniu o Terror


A sequência de abertura de Halloween não apenas definiu um padrão para o próprio filme, mas estabeleceu convenções que reverberam até hoje no cinema de horror. A influência desta sequência pode ser observada em diversos níveis e produções.

Em termos técnicos, o uso inovador da câmera subjetiva estabeleceu um vocabulário visual que seria amplamente adotado e reinventado. Filmes como Sexta-Feira 13 (Sean S. Cunningham, 1980) e, mais recentemente, Hereditário (Ari Aster, 2018) utilizam variações desta técnica para criar momentos de tensão em suas narrativas. A Visita (2015) de M. Night Shyamalan, por exemplo, brinca com esta convenção ao colocar pré-adolescentes como documentaristas, transformando a câmera subjetiva em um dispositivo diegético que amplia o suspense.

Tematicamente, a ideia do mal inexplicável que habita em espaços domésticos e suburbanos, cristalizada naquela sequência inicial, moldou profundamente como o horror contemporâneo aborda a ameaça. Tiburcio Moreno (2020) observa que "a monstruosidade de Michael nos filmes de horror e na mídia serviu para reforçar o trabalho de salvaguardar a 'pureza' normativa por parte do psiquiatra/criminologista" (p. 191). Esta dinâmica entre o mal incompreensível e os guardiões da normalidade, estabelecida de forma tão econômica na sequência inicial de Halloween com a chegada dos adultos Myers, continua a ser uma tensão fundamental em filmes como Corra! (Jordan Peele, 2017).

O uso da máscara, introduzido nesta sequência (primeiro a máscara de palhaço, depois a famosa máscara branca), tornou-se um elemento icônico não apenas para o personagem de Michael Myers, mas para todo o subgênero slasher. Como nota Bunch (2018), "o rosto pálido e ameaçador" de Michael estabelece uma tradição visual que seria seguida por Jason Voorhees, Ghostface e inúmeros outros vilões mascarados que povoam o gênero.

Talvez o legado mais duradouro desta sequência seja a forma como ela criou uma gramática visual para o que Neale (1981) chama de "o olhar" no cinema de terror. A sequência não apenas nos faz olhar através dos olhos do assassino, mas nos faz conscientes desse olhar e de nossa cumplicidade com ele. Este meta-comentário sobre o voyeurismo cinematográfico continua a ser importante em filmes contemporâneos como Não! Não Olhe! (2022) de Jordan Peele, que explora explicitamente as consequências do ato de olhar.

Enquanto revisito essa sequência depois de tantos anos, percebo que sua influência transcende o gênero horror. A forma como Carpenter manipula o conhecimento, o ponto de vista e as expectativas do espectador estabeleceu técnicas que hoje vemos em thrillers psicológicos, dramas e até mesmo comédias.



O Voyeurismo Forçado: A Manipulação do Espectador por Carpenter


Neale (1981) argumenta que toda a estrutura de Halloween se baseia em uma constante articulação entre suspense e agressão, e que a sequência inicial estabelece o padrão que será repetido ao longo do filme. Em sua análise, ele divide o filme em quatro seções textuais distintas, sendo a primeira delas o assassinato de Judith (Sandy Johnson), irmã de Michael Myers.

Esta separação é crucial para entender como a sequência inicial estabelece uma relação específica com o espectador: ela nos coloca em uma posição fundamentalmente instável, onde os papéis de agressor e vítima, de sujeito que olha e objeto que é olhado, constantemente se alternam. O que torna esta análise particularmente valiosa é que ela nos ajuda a entender por que a sequência de abertura permanece tão perturbadora, mesmo décadas depois. Neale sugere que o horror em Halloween é "dependente não tanto da geração de desprazer, mas sim da geração de um tipo muito particular de prazer – (...) um prazer masoquista em combinação com seu oposto sádico" (p. 28).

Este jogo complexo de posicionamento do espectador se inicia precisamente naqueles primeiros quatro minutos. Como Neale aponta, a sequência de abertura cria "uma tensão através da lacuna entre, por um lado, o conhecimento e o olhar do espectador e dos personagens, e, por outro lado, entre um conhecimento por parte do espectador de que Michael pode ser o sujeito do ponto de vista da câmera e uma ausência de um olhar que confirmaria ou negaria essa possibilidade" (p. 27).

O resultado é que, ao mesmo tempo em que nos sentimos horrorizados com o assassinato de Judith, também somos, de certa forma, cúmplices dele – não apenas porque literalmente "vestimos" a máscara do assassino, mas porque, como argumenta Neale, a própria estrutura fílmica nos coloca em uma posição onde estamos simultaneamente identificados com o agressor e com a vítima potencial.

A escolha de Carpenter pelo aparente plano-sequência na abertura de Halloween também estabelece uma fascinante genealogia cinematográfica que transcende o gênero terror. Como observa Emerson (2012), a técnica encontra seu antecedente mais forte não na trajetória do cinema de horror, mas na espetacular sequência de abertura de Touch of Evil (1958) de Orson Welles. Enquanto Hitchcock fragmentou meticulosamente a cena do chuveiro em Psicose (1960), Carpenter optou pela fluidez contínua, criando o que Cumbow, citado por Emerson, chama de "envolvimento direto que não podemos editar" - uma experiência visceral, não intelectual. Esse aspecto é particularmente significativo: ao negar ao espectador a distância segura que a montagem proporciona, Carpenter nos torna participantes involuntários do ato violento, anulando nossa capacidade de "editar" mentalmente a experiência. Além disso, Carpenter executa o que Emerson descreve como uma mudança inteligente em relação a Psicose – em vez de reservar a revelação da identidade do assassino para o clímax, ele a expõe logo no primeiro plano, subvertendo as expectativas narrativas estabelecidas pelo filme de Hitchcock.


Quatro Minutos que Mudaram o Cinema: O Legado Duradouro de Halloween


Como observa Rosemary Long (2020), "Halloween é um filme construído em torno da repetição" (p. 57) e é precisamente na sequência de abertura que vários elementos técnicos e temáticos são estabelecidos para serem repetidos e variados ao longo do filme, criando um efeito cumulativo de tensão e medo. A capacidade de Carpenter de estabelecer, em apenas quatro minutos, todas as convenções que definiriam não apenas seu filme, mas todo um subgênero, é um testamento de sua maestria como cineasta.

Pennington (2018) complementa esta análise ao sugerir que não é necessário postular a existência de um "pesadelo coletivo", como fez Robin Wood em sua famosa análise do slasher, para explicar o conhecimento das ameaças que os espectadores compartilham. Em vez disso, "a percepção de um 'cara malvado' como Michael sendo maligno pode ser explicada em termos de concepções socialmente e culturalmente compartilhadas de psicopatologia e assassinato" (p. 3-4). Esta abordagem sociocultural nos ajuda a entender por que a sequência inicial de Halloween continua a nos perturbar décadas depois: ela toca em medos culturalmente codificados sobre o mal inexplicável, sobre a vulnerabilidade do lar, e sobre a impossibilidade de verdadeiramente conhecer o outro. Bunch (2018) sintetiza muitas dessas análises ao afirmar que "o mal puro e niilístico é muito mais assustador do que um garoto que levou uma surra ou duas se tornando um homem que dá uma surra ou duas". Esta observação captura a essência do poder duradouro da sequência inicial: sua representação do mal como algo que desafia explicação e categorização; toca em um medo muito mais profundo do que qualquer narrativa de trauma e vingança jamais poderia.

Para mim, pessoalmente, essa sequência representa o momento em que entendi que o horror poderia ser deliciosamente surpreendente, que um filme de terror poderia ser tão meticulosamente construído quanto qualquer obra premiada. Foi uma das minhas portas de entrada para conhecer um gênero que admiro cada vez mais com o passar dos anos.


Casa iluminada à noite, cena do filme Halloween (1978), destacando a atmosfera sombria e misteriosa do filme.


Referências:

BUNCH, Sonny. The depiction of evil in 'Halloween' gets what made the 1978 original so scary. The Washington Post, 2018. Disponível em: <https://www.washingtonpost.com/news/act-four/wp/2018/10/22/the-depiction-of-evil-in-halloween-gets-what-made-the-1978-original-so-scary/>. Acesso em: 15 mar. 2025.

EMERSON, Jim. Opening Shots: 'Halloween'. Scanners, 14 dez. 2012. Disponível em: <https://www.rogerebert.com/scanners/opening-shots-halloween>.

LENNARD, Dominic. Bad seeds and holy terrors: the child villains of horror film. SUNY Press, 2014.

LONG, Rosemary. Eliciting Fear in Psycho (1960), Halloween (1978) and The Shining (1980). Dissertação (Mestrado em Comunicação e Estudos de Mídia) - Escola de Humanidades, Línguas e Ciências Sociais, Universidade Griffith, 2020.

NEAL, Steve. "Halloween": Suspense, Aggression and the Look. Framework: The Journal of Cinema and Media, n. 14, p. 25-29, 1981.

OCHONICKY, Adam. Nostalgia and Retcons: The Many Returns, Homecomings, and Revisions of the Halloween Franchise (1978–2018). Adaptation, v. 13, n. 3, p. 334-357, 2020.

PENNINGTON, Jody. The Good, the Bad, and Halloween: A Sociocultural Analysis of John Carpenter's Slasher. P.O.V: A Danish Journal of Film Studies, n. 28, p. 54-63, 2009.

SKAL, David J. The Yawning Abyss. The Magazine of Fantasy and Science Fiction, v. 136, n. 3-4, p. 203-208, 2019. Disponível em: <https://www.fandsf.com/2019/ds1903.htm>. Acesso em: 16 mar. 2025.

TIBURCIO MORENO, Erika. La construcción cultural del asesino en serie en el cine de terror (1960-1980): Michael Myers y Samuel Loomis en La noche de Halloween (1978). Área Abierta: Revista de comunicación audiovisual y publicitaria, v. 20, n. 2, p. 191-207, 2020.

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